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Poesia de Daiane   Leave a comment

 

Tragicamente delicioso

 

 

Teu beijo é viciante

Justifica a possessividade

Instiga uma busca ilimitada

De prazer, e aceitação

 

Tua boca calma e densa

Tua língua, teu gosto, teu mel.

Teus lábios donos de si

O cheiro que exala de ti

 

Vicio, medo, incerteza

Dominação, posse, vida

Quando tua boca encosta na minha

Dói como se fosse ferida

 

Tua boca preenche a minha

Meu corpo se encaixa no teu

Minhas mãos já não alcançam

O desejo que salta em mim

 

Entender esse momento

Se torna quase que impossível

Explicar o significado

De algo que é intangível

 

É  tão profundo o desejo

Que desejaria não desejar

Porque me sinto incontrolável

Sempre que quero te beijar

 

 

 

Daiane Gautério

Publicado 20/11/2009 por mercuriomp em Poesia

Poemas de amor   Leave a comment

Querer – Pablo Neruda

 

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.

Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te, como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,

nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor, a sangue e fogo.

 

Mais que perfeito – Vinicius de Moraes

Ah, quem me dera
Ir-me contigo agora
A um horizonte firme, comum
Embora amar-te
 
Ah, quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que nem presumes
 
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais cuidado
 
Ah, quem me dera ter-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Ah, quem me dera ter-te
Morar-te até morrer-te

 

Como vais me deixar quando me deixar? – Maisson Passos

 

– Como vais me deixar quando me deixar?

– Não entendi???

– E se meu mundo desabar,

E se meu chão se abrir,

E se meus olhos se emocionarem,

e meus pés não mais o chão pisarem…

 

Que dor, oh, condoreiro errante,

que trazes de tão distante.

Mitigarei-te, minuto a minuto,

a cada instante!

 

Improviso do amor perfeito – Cecília Meireles

Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe,
atrás do oceano que nos meus se alteia
entre pálpebras de areia…
Longe, longe… Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

Saudade – Pablo Neruda


Saudade é solidão acompanhada,

é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida…

Saudade é sentir que existe o que não existe mais…

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Publicado 19/11/2009 por mercuriomp em Poesia

Poeminha do Contra!   Leave a comment

Todos esses que aí estão
atravancando meu caminho
eles passarão,
eu passarinho!
Mário Quintana

Publicado 01/05/2006 por mercuriomp em Poesia

Discrições   Leave a comment

Nunca confies em um amigo
pois um outro amigo ele tem
E o amigo do teu amigo
tem amigos também!
Mário Quintana 
 

Publicado 01/05/2006 por mercuriomp em Poesia